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28 de maio de 2014

MariaTonista! :)

Tô de volta também, dessa vez para contar a experiência da maratona de Porto Alegre!

Passando por um bom período de treinos, onde nos últimos meses priorizamos corrida e musculação e diminuímos a natação e tiramos a bike, chegou a hora de encarar os 42,195km. A ideia é que eu não queria fazer um Iron Man sem nunca ter corrido uma maratona, além do mais , desde que comecei a treinar em 2011 estabelecia que teria um aumento gradual e passaria por todas experiências que pudesse até chegar a minha meta, com isso fiz 2 provas de short-triatlo, 1 olímpico, 2 meio-iron, 1 meia-maratona e 1 meia-maratona noturna de montanha, além de algumas provas de 10km.

Na sexta feira fui para Porto Alegre logo pela manhã, chegando lá retirei meu kit, check-in no hotel, almoço, um descanso e fui para meu último treino antes da prova. Como os parques eram próximos ao meu hotel, fui a pé aproveitando para conhecer um pouco da cidade.

Esse último treino fiz no Parque Farroupilha (também conhecido como Parque da Redenção), foram 7km, divididos entre aquecimento, algumas acelerações e 5km intervalados. Depois do treino fiquei ainda passeando um pouco pelo parque e observando a cidade.

(Espelho d'agua no parque Farroupilha)

(friozinho no Parcão)
No sábado de manhã a cidade já começou a receber mais atletas 
e eu logo cedo sai para conhecer outros lugares que queria, como por exemplo a rua que ficou conhecida como a "mais bonita do mundo" e também o Parque dos Moinhos (conhecido como Parcão), a manhã estava com muita neblina e o sol demorou a aparecer...até o meio-dia fez muito frio!!!]


(rua Gonçalo de Carvalho, a rua mais bonita)

Quando estava voltando pro hotel a Jacke entrou em contato comigo que estava chegando em PoA, eu a conheci pelo Instagram e combinamos de nos encontrar lá na prova. Eu fui até o hotel dela e juntas fomos para o local do kit, antes passando pelo shopping e encontrando a Rosângela, também amiga de instagram. Retiramos o kit da Jacke e lá encontrei meu amigo Soloman, o Bigode...que voltou conosco para almoçar.

(Rô, Jacke e eu - roubei essa foto da Jacke)

Nesse dia também chegou o Zé Mario que treina na mesma equipe que eu e combinamos de jantar juntos, eu , ele e o Bigode...logo cada um foi para seu hotel, pois no outro dia o transporte da organização passaria muito cedo para buscar os atletas, as 5:30 da manhã, logo teríamos que ter, ou ao menos tentar ter, uma boa noite de sono e ainda ter tempo para deixar tudo preparado:roupas, tênis, suplementos e outras coisas que usaríamos na prova. Como já fiz algumas provinhas mais longas, aprendi que tudo deve ser testado antes, a roupa, o tênis e também o que será ingerido, para evitar qualquer desconforto estomacal ( e intestinal ...rs) e evitar bolhas ou machucados no corpo. Usei um macaquinho de triatlo da ASICS que foi o que mais usei em treinos e gosto dele para correr...e um Mizuno Pro Runner que usei nos meus treinos longos. Não tive nenhum tipo de problema com o tênis, nem com a roupa!

Dormi bem, acordei bem tomei café (nada diferente do normal) e logo fui para o ônibus de atletas, chegamos no local da prova e ainda estava muito escuro, me encontrei lá com as demais meninas do grupo e ficamos ali aguardando a hora da largada, que seria as 6:45 para o feminino.

(a mulherada reunida)
(segundos antes da largada)

Bem, chegou a grande hora...largada foi dada e ...FUI!!!
Na noite anterior o Walter me ligou e disse "Maria, respeite a distância de uma maratona, saia num ritmo leve e vá impondo o seu ritmo" - foi o que fiz, sai com calma, aquecendo o corpo e devagar encaixando um ritmo que praticamente consegui manter durante toda a prova, a queda foi muito pegue na segunda metade da prova.
Fui usando a estratégia alimentar que a minha nutricionista Bruna me ensinou, me senti bem, sem nenhum desconforto, sem dores, sem caimbras!

No km 17 me encontrei com a Tereza Lacerda, maratonista de Bauru e juntas fomos até o km 40. Fomos conversando, trocando experiências, a Tereza já correu muitas maratonas, inclusive com premiação na categoria...e estar ao lado dela é sempre um orgulho para mim. O Amílton (marido da Tereza), o Zé Mario e o Bigode, passaram por nós durante a prova e trocamos mensagens de apoio uns aos outros. Também com várias outras pessoas que íamos cruzando pelo caminho, uma prova dessa distância, se você não esta com a intenção de fazer recorde de tempo ou premiação, é muito legal ir conhecendo as pessoas, distrai e você sempre faz um novo amigo.

(Tereza, eu e os demais corredores)


Até o km 27 eu ouvia muitas pessoas conversando e brincando, depois disso creio que seja quando começa a bater o cansaço maior, foi ficando um silêncio e ouvia somente os passos no asfalto...eu procurei não deixar cair muito meu ritmo, mas também não forcei mais...afinal ainda tinha muito chão pela frente e com certeza o corpo iria sentir essa quilometragem alta. Quando chegamos no 34...eu disse a Tereza que não precisava me esperar, que ela poderia aumentar  o ritmo se desejasse pois eu não iria forçar mais...ela foi ao meu lado até o 40...me incentivando incrivelmente com palavras extremamente motivadoras...ela foi demais , me ajudou MUITO!!! No 40 ela avançou um pouco mais, ficando uns 500 metros a minha frente...desse modo mantive meu ritmo e quando avistei a chegada, cerca de 500 metros antes, resolvi apertar um pouquinho o ritmo também! Concluindo assim minha primeira maratona com o tempo líquido de 4h 23min52seg.




(chegueeeeeeei)

Logo que cheguei, senti o corpo bem pesado, e fui em direção ao Jockey (que é onde foi a largada), lá me encontrei com a Rita, que já havia morado em Bauru e fui professora do Arthur, filhinho dela...hoje eles moram em PoA e eles foram me buscar e almoçamos juntos e depois me levaram ao aeroporto.

(eu, Arthur, Henrique e Rita, família muito querida que tive o prazer de reencontrar)
Depois disso tudo, já dentro do avião para voltar e crente que em algumas horas estaria em casa, as comissárias retiraram do avião todos que teriam conexão para Bauru, pois estava um temporal de granizo em SP e o avião precisaria de menor peso para poder pousar em Congonhas (que depois vim a saber ficou fechado); deste modo eu e mais 10 pessoas ficamos hospedados em um hotel, com direito a transporte e jantar, tudo por conta da GOL é claro, e somente na segunda feira voltamos a nossa terrinha Bauru!!!

Quero deixar meu agradecimento a todas as pessoas que me ajudaram nesse caminho até me tornar uma maratonista...ao meu treinador e a todos meus amigos da Iron Coach, aos meus alunos e alunas, a todos os recadinhos e mensagens que recebi, aos novos amigos que fiz, aos amigos que revi, ao meu osteopata Renato, minha nutricionista Bruna Carneiro, e claro ao meu papito!!!

GENTE, VALEU DEMAIS!!! CORRAM ATRÁS DO SONHOS DE VOCÊ, POIS VALE MUITO A PENA!!!

25 de maio de 2014

santo antônio também abençoa os corredores

não escrevi sobre a última corrida que participei, o circuito athenas. depois escrevo.

estou voltando do meu longo da semana e quero fazer observações sobre o observado.

hoje mesmo, nas avenidas aqui perto de casa, teve a VII corrida de santo antonio, promovida pela unifieo em homenagem ao santo padoreiro de osasco (antecipadamente, creio eu que por conta das festividades copa/dia dos namorados=feriadão no dia do santo mesmo, 13/5).

eu não me inscrevi para essa prova porque participei da athenas domingo passado e uma coisa que aprendi é que não se pode querer participar de provas o tempo todo. só soube da sto antº esses dias, por um cartaz fixado no mural do prédio onde moro.


passei pelo percurso durante meu treino (antes de começar a prova) e, quando terminei, ainda tinha gente finalizando a corrida. o percurso não é difícil, embora começasse na descida e terminasse na subida (e acho que isso 2 vezes, porque o total eram 7,5km e uma volta dá pouco mais de 3km). olha aí à esquerda um registo parcial do meu treino, passando pelo percurso e, acima, foto de uma parte do percurso, tirada aqui de casa.

bom, mas daí que a inscrição custava só R$40,00, não deve ter tido camiseta, não sei se teve medalha, só vi número de peito e premiação em $. não é raro ver reclamações sobre valores de inscrições de corrida, etc etc etc e o que vi? pouquíssima gente participando. não sei se não houve muita divulgação ou o que chamou pouca atenção, mas fica uma incógnita. cadê o povo corredor  nessas horas? 






















6 de maio de 2014

10k até marte

mais de 20 dias depois...

então participei da minha primeira prova de 10k! a escolhida foi a night run - etapa marte, em são paulo, dia 12/04/2014.

claramente estava apreensiva: apesar de já ter feito treinos de 10, 11 e até 13k, era a primeira prova. fui sem pretensões de tempo, há toda uma ansiedade em completar essa distância em menos de 1 hora. nunca tinha feito provas à noite, meu maior medo era tropeçar e cair, hehehe.

enfim, depois dos treinos e da espera, lá estava eu! inicialmente fiquei espantada com a quantidade de gente no anhembi, muito mais do que na wrun, minha última corrida até então.

dá uma olhada num teco da largada dos 5k:

nem sei quantos minutos durou essa largada. só sei que quase na hora de largarmos os 10k ainda tinha gente passando a fita pra seguir os 5.

diante dessa visão, assim que liberaram fui lá ficar perto da fita, não queria ficar muito tempo andando até o pórtico, apesar de saber que isso iria acontecer, já que estava alocada no último pelotão (primeira prova da O2, eles jogam lá mesmo), mesmo que ainda faltasse quase 1 hora para largar.


daí. começou a chover. uma chuva de gotas grossas, geladas, inicialmente esparsas mas constantes. bateu um mini mau-humor pq né... esperei tanto pra estar ali, ia ser com chuva? não tinha o que fazer, fiquei pulandinho pra não morrer de frio. quando tudo começou, já estava com os pés alagados dentro dos tênis.


e fui, fui, fui. procurei não ficar olhando o garmin, só espiei em uma ou outra passagem de km. e chovia, chovia, chovia, havia poças, pequenas correntezas no asfalto, não dava pra saber direito onde tinha buraco. em alguns momentos a chuva era tão pesada, que mal dava pra manter os olhos bem abertos e enxergar o que estava fazendo. a vantagem? não peguei água nos pontos de hidratação, hahaha bebia da chuva mesmo (é, e daí?).


aos poucos fui pensando naquilo como um treinão em grupo (geralmente treino sozinha, às vezes faz falta companhia), mas sem perder a concentração. apesar de não estar voando, perceber que ia passando mais gente do que sendo ultrapassada foi legal! nos metros finais dei uma esticada - não muito. e fim!!!!!


foi menos doloroso do que imaginei e fui melhor do que esperava (tempo oficial: 56'49")! fui lá pegar a medalha, tirei umas fotos de praxe e vazei pra casa feito um pintinho molhado, só queria banho e quentinho. aliás, no banho descobri que tinha sofrido um corte por causa do atrito da cinta do frequencímetro com minha pele, coisa que nunca tinha acontecido.



daqui a 11 dias tem mais uma, a athenas. já estou inscrita para a night run etapa júpiter, em novembro. e estou procurando alguma prova pra fazer durante as férias em buenos aires e assuntando com a coach de fazer uma ou duas trails (super tenho vontade).

22 de março de 2014

de volta às ruas

domingo passado, 16 de março, foi minha primeira prova de rua de 2014.

em 2013 fiz, oficialmente, 2 provas de 5k e 2 de 6k (na verdade teve mais uma de 5k mas era mais pra diversão e o percurso não chegou a 5k). para 2014, a meta combinada com a MC, minha chefe, digo, treinadora, era participar das provas de 10k, pelo menos inicialmente.

então comecei com uma prova de 8k, a wrun. para nossa alegria, a MC ganhou a inscrição e aí as parceiras de galope, deh e karina, se animaram e também vieram de bauru (é meio tristinho correr sozinha por aqui).

não deixei de treinar nas férias, tive até uma planilha especial para o período e cumpri bonitinho, treinando em lugares diferentes por onde passava durante as viagens. um dia antes da wrun, a MC e eu fomos participar de um treinão na USP, o corra pela vida. foi bem bacana: além da temática, a arrecadação de doações para o projeto vida corrida, animação. MC e eu fomos de boa na lagoa, conversando, curtindo tudo aquilo ali.

no domingo, já com a deh, saltamos do carro no meio da marginal pinheiro para ir a pé, já que havia trânsito. mili pessoas, já estavam largando quando chegamos e ainda levamos 11 minutos para passar pelo pórtico. deu nem tempo de ficar nervosa com a prova na nova distância (porque em treino eu já havia feito além disso, até). a karina chegou mais cedo e largou bem lá na frente. a MC começou correndo comigo - e o começo é sempre difícil, pela muvuca - e, lá pelas tantas, nos distanciamos. fiquei meio na dúvida se a esperava ou não, poucas vezes tive a chance de correr com ela ao lado, mas imaginei que ela quisesse que eu fizesse a minha parte. estava me sentindo muito bem, só fui cansar lá pelo km 6, mas nada de tão penoso, acho que era mais pelo calorzão que fazia e o ziguezague de estar no meio de tanta gente.




fiz um tempo bacana, melhor do que esperava. no final esperei a MC e a deh, encontramos a karina e ficamos lá divando ao contrário, hehehe.

trupe do galope: deh, maria, karina, eu
também fomos conhecer a equipe pink cheeks, que estava com uma tenda e sempre foi muito atenciosa com a gente (além de presentear a MC com a inscrição da corrida, em seu aniversário). passamos a real algumas amizades virtuais que fizemos por causa da corrida, como a camila vieira e a thais chanoft.

enfim, relatinho de um fim-de-semana, muito bacana, fornecido pela corrida. claro que além de correr, fofocamos muito, saímos pra comer, morgamos...

e agora, continuando com os treinos para, finalmente, fazer a primeira prova de 10k em abril.


23 de janeiro de 2014

Pedal na rodovia!!!

Imagine, como nos desenhos animados, que você está andando sobre uma linha férrea...eis que vem o trem, em alta velocidade...o que você faz?
1 - entra em pânico e fica parado
2 - dá sinal para o maquinista parar o trem e não sai do seu lugar
3 - dá um passo para o lado, saindo assim da linha férrea

Eu comparo o pedalar na rodovia com essa situação da linha férrea. O perigo esta sempre lá, carros e caminhões em alta velocidade, várias saídas de estradas que se unem...enfim, constantemente estamos em situação de risco.

Longe de mim nesse texto querer defender o motorista ou qualquer coisa do tipo, quero apenas falar da nossa parte, a parte que cabe ao atleta, na qual também me incluo.

Primeiramente quando vamos para a estrada, na minha cabeça é muito óbvio, temos que ter atenção não somente redobrada, mas triplicada, cuidar do que estamos fazendo, do que os motoristas estão fazendo e do que está acontecendo ao redor, na estrada em si.

A placa de "DÊ A PREFERÊNCIA"  normalmente não é respeitada, nem na cidade e nem na rodovia...os motoristas em alta velocidade muitas vezes dão a famosa "olhadinha" e seguem...agora eu pergunto...é obrigação do motorista parar e dar a preferência ao veículo que esta vindo ? SIM, é claro que é!!! Mas nós ciclistas, penso eu, temos também que ter a máxima cautela, não podemos bancar os super-heróis, não temos esqueleto de Adamantiun, não somos como aquele brinquedo LEGO, onde cai uma pecinha e você coloca ela de volta. Não dá pra querer bancar o bonitão e passar direto sabendo que corre o risco de ser atropelado por um carro ou caminhão que não respeitou! Aí você vai dizer: "É, mas o motorista tem que parar, é nosso direito, é a lei...etc...etc.."....e eu concordo e sei que é...mas sabemos que as coisas não funcionam bem assim, e arriscar a vida dessa maneira é algo muito sério.

                                    Aos desconhecidos essa é a placa DÊ A PREFERENCIA

Eu particularmente, prefiro pedalar na rodovia do que na cidade, mas não deixo de ficar atentíssima a tudo que esta acontecendo ao redor, se os automóveis estão dando seta, me encosto mais pro acostamento, dando passagem, nas placas de preferencial estou sempre observando a velocidade em que o veículo esta se aproximando, não vou bancar a Mulher-Maravilha e me arriscar, prefiro diminuir, baixar um pouco a média do treino...deixar o automóvel passar e pronto; além de ser muito mais fácil eu parar a bicicleta do que um motorista parar um caminhão que na rodovia estará no mínimo a 100km/h!!! O cara está envolto numa carapaça de ferro, e eu em uma camiseta e uma bermuda...com um capacete que pode até proteger minha cabeça, mas num acidente grave sabemos que dificilmente salva a vida do ciclista!



Já vi muito ciclista treinando sem capacete, sem farol, sem lanterna, com fones de ouvido (argh!! acreditem, acontece)...e ainda me fala "é pra motivar!"...por favor, busque a motivação dentro de você, de outros atletas, de livros, até mesmo da música, mas ouça ela antes, depois, a hora que você quiser, mas pelo bem da sua vida, não pedale com fones de ouvido!!! De preferência use roupas coloridas, pedale no acostamento (sempre na mão dos carros, afinal bicicleta é meio de transporte) e use farol e lanterna, mesmo durante o dia.

SOLOMAN 113 - Rodovia Paulo Nilo Romano - Brotas/SP

Treino na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros - Bauru/SP


Há espaço para todos, motoristas, ciclistas, corredores, o que precisa é haver atenção, educação e respeito...de todas as partes!!!

Bons treinos a todos!!!

Ah...a resposta da pergunta da linha férrea...eu escolho a alternativa 3!

20 de dezembro de 2013

Quanto tempo leva...

Quanto tempo leva...

Quanto tempo leva para encontrar algo que gosta de fazer ?
Quanto tempo leva para alcançar um sonho ?
Quanto leva para correr 5...10...15...21...42...56km ?
Quanto tempo leva para entender que o tempo nem sempre é o mais importante ?
Quando a gente toma a decisão de entrar no mundo do esporte, aqui no caso posso citar a corrida ou o triatlo, uma das primeiras coisas que vem a mente é: “em quanto tempo vou fazer determinada distância?”...legal, bacana preocupar-se com o tempo, manter  o controle do ritmo e tudo  mais...mas pra mim, ainda e ainda bem...o tempo não é o fator mais importante numa prova!
Primeiramente o que me interessa é concluir...vencer a etapa...não importa o que diz o relógio... “ahhhh mas então se você for a última ou se fizer um tempo ruim está tudo bem”... Sim...está tudo bem, eu cheguei!!! Isso já vale muito se considerarmos a quantidade de pessoas sedentárias que existem no mundo, isso já me coloca alguns passos a frente...se eu não gostei do meu tempo, tenho algumas opções para lidar com isso...me conformar e tudo bem...ter o direito de achar q fiz um tempo ruim e treinar especificamente para melhorar esse tempo...e tudo bem também...o grande problema é quando essas decisões não estão “tudo bem” e eu sofro, me amarguro e deixo de curtir o grande lance que o esporte me trouxe...que é a qualidade de vida, a diversão, a oportunidade dentro muitos que não a tem...e claro...os amigos. Aqui fica uma ressalva, que assim como o tempo é uma questão interessante...nos esportes individuais, muitas vezes treinamos sozinhos...e a na prova é igual, mal olhamos ou conversamos com a pessoa que está ao nosso lado, a não ser para tentar ultrapassa-la, ela se torna uma adversária, para alguns um “inimigo a ser abatido”...poucos são os que fazem amigos numa corrida, ou durante uma prova de triatlo. Eu tive a grande sorte de fazer alguns, e muitos bons amigos em provas...alguns adicionando via facebook para procuramos fotos de provas, mas que depois fiz questão de conhecer pessoalmente...e sem dúvida a galera do SOLOMAN, que além de ser um pessoal extremamente do bem, encaram o esporte com outros olhos, para mim, os olhos que todos nós deveríamos enxergar através deles...o FAIRPLAY, o AMOR ao esporte...acompanhei todo o SOLOMAN 226 e participei do SOLOMAN 113 e posso dizer com muito orgulho que ali conheci pessoas e fiz amizades que desde que comecei nas corridas em 2002, nunca havia feito!!!

Ví esses caras completarem o SOLOMAN todinho, sem chip, sem a preocupação de quem chegou primeiro, por último, uma das coisas mais belas que já vi...todos campeões, todos vitoriosos!!!
E a galera que não completou ? Por um motivo ou outro...que só cabe a eles...pra mim são vitoriosos também, pois tiveram a coragem de encarar esse desafio, de chegar até lá e de no momento de decisão, optar por não terminar a prova...cada um conhece até onde deve chegar e  muitas vezes desistir não é uma má opção...existem tantas e outras tantas vezes de tentar!!! Assim é no esporte e assim também é na vida!!!

Na minha ainda pequena carreira de atleta AMADORA sempre optei por não fazer todas as provas que aparecem pela frente, prefiro traçar algumas metas para o meu ano, normalmente uma para o primeiro e uma para o segundo semestre...uso uma ou duas outras menores, na própria cidade como controle. Prefiro a opção de me organizar devidamente para elas...mas as  vezes os imprevistos podem acontecer, a grana pode faltar, um compromisso pode aparecer, uma lesão, não ter treinado o suficiente...e aí ? Aí o tempo também tem que ser um aliado...e não um adversário...não posso deixar ele me paralisar e nem mesmo me abater...não deu...não deu...vamos lá que tem mais um monte de dias pela frente, se tenho outra meta, “borá” alcançar!!!

Como disse acima, sou atleta amadora, treino e vou às provas porque tenho sonhos e porque amo isso, mas não recebo salário, patrocínio e nem equipamentos... a minha recompensa é toda intrínseca e é somente a mim que quero apresentar meus resultados! Se baixo meu tempo, 1 min, 10 segundos, 5 segundos...ou se não baixo, se ele aumenta...isso teve um motivo pra acontecer e mais uma vez repito, não é isso que vai me paralisar e nem me martirizar...nem sempre é preciso baixar tempos...quanto tempo levei para entender isso ?

Aprendi que as melhorias sempre vem...mas que preciso ter paciência, sai da estaca zero e estou no meio do caminho para atingir a minha meta, isso é motivo para comemorar!!!

E agora, em tempos de festas, férias de planilha... quero curtir outras vibes, nadar sem marcar os tempos dos tiros, correr no mato sem calcular distância, fazer mountain bike e até mesmo uma caminhada curtindo um solzinho ou uma brisa gostosa! Relógio...férias pra ele! 

26 de novembro de 2013

META 2013 - LONG DISTANCE - DONE!!!

Desde que eu decidi que quero completar uma prova de Iron Man, eu optei por passar por todas as etapas que envolvem o triatlo...desde o short até chegar ao IM, passando pelo Olímpico e pelo meio-iron.
A meta de 2013, dentro do meu cronograma seria o Long-Distance de Pirassununga, uma prova de meio-iron-man com as distâncias de 1900m de natação, 90km pedal e 21km corrida.

Inscrição feita, cara (o preço das inscrições em provas de triatlo são assustadoras) ...mas feita!!! Já tinha passado pela experiência do Soloman 113, uma prova com um percurso  muito difícil e desafiador, o que me fez ter mais confiança para o Long; claro que aliado aos treinos que mantive!!!

Depois de muitos treinos no sol...esperando pelo calor que vi fazer em Pirassununga em 2011...a sexta feira começou chuvosa...e de Bauru até lá, não parou por um minuto!!! No sábado teríamos 4 colegas da equipe fazendo o short distance e mais alguns amigos de outras cidades também participando e foi realmente muito bom poder acompanhá-los, porém, desde o momento em que chegamos para a retirada dos kits, já bateu aquele famoso friozinho na barriga, que me acompanhou o dia todo!!! Apesar disso, consegui dormir bem!!! E levantei bem cedo no domingo, para ter tempo de tomar café da manhã tranquila e organizar tudo!!!

O dia amanheceu com o céu um pouco fechado, não prometia fazer sol...e realmente assim foi...o que ajudaria muito, visto que lá é muito quente, muito calor e numa prova longa isso sempre judia dos atletas!!

No domingo os únicos da equipe seríamos eu e  Rhuan!!! E logo montamos nossa área de transição, só aguardando o momento da largada...ansiosos, nervosos, mas felizes!!!

A largada do masculino foi as 8h pontualmente e a do feminino e revezamento 5 minutos depois!!! Éramos poucas meninas, 41 para ser mais exata!!! E a corneta tocou...lá fomos nós....para duas voltas de 950m nadando...a temperatura da água ideal, nadar foi fácil, foi gostoso, não senti vontade de voltar...ou de parar, mas sim de ir em frente, de aumentar o ritmo...mas mantive o ritmo e no retorno da primeira volta puxei um pouco mais...na segunda volta consegui administrar melhor a respiração e senti que consegui também aumentar o ritmo, e na última reta resolvi acelerar, pernadas um pouco mais fortes...

Largada feminino e revezamento




Bóra pro pedal...aquele que me tortura, que pra mim ainda é o mais difícil, o mais sofrido, mesmo com tanto treino...é notório que ainda falta muito pra melhorar...mas, já que estava ali e me propus a isso, teria que faze-lo...então vamos lá...4 voltas de 22,5km...o percurso é razoavelmente fácil, tem algumas subidas, mas dentro do esperado...afinal eu já havia feito o short ali em 2011 e já conhecia!!! Nem preciso dizer que a galera passou voando por mim, mas isso não me impressionou, até porque eu também ja imaginava que isso aconteceria; a minha grande preocupação ainda era se o pneu furasse, mas isso não aconteceu!!! O santo é forte!!! O engraçado foi que durante todo o período de treinos e mesmo durante o Soloman eu sempre cantei mentalmente pra me distrair nos treinos longos...mas...nessa prova...me peguei com a mente totalmente vazia, sem pensar em nada, concentração total...ou estado de meditação, como me disseram...interessante, pois nunca consegui meditar...sempre fico com algo rondando os pensamentos!!! Ali não..nada, pensamento zero...força...força!!!

Pedal - 90km
Enfim, após as 4 voltas, que pra mim sempre são intermináveis...e eu realmente espero que um dia eu melhore muito nisso, parti para a corrida, mais 21km e estaria terminado...o fato de o pneu não ter furado, tirou toda e qualquer tensão que poderia haver quanto a prova...pois sei que na corrida eu não pararia por nada!!! Um chuvinha fina começou a cair e achei melhor correr de camiseta, pois estava com um pouco de frio!!! Boa decisão, pois aproveitei os bolsinhos para colocar copinho de água durante o percurso!!!

Percurso praticamente todo plano, uma leve subida no ponto onde pegávamos uma pulseirinha pra marcar a volta...depois um trecho de cerca de 2km de terra, com um pouco de pedras, mas tranquilo também...era muito legal passar pelas equipes, pelos fotógrafos, staffs e outros atletas, todo mundo sempre tinha uma palavra de incentivo, de força...

A chegada...meta concluída!!!

Consegui manter meu ritmo, não estava cansada, estava feliz, consegui ultrapassar algumas pessoas durante a corrida...e finalmente chegar ao final, muito, muito feliz!!!

Quando cheguei, pouco depois ouvi o locutor dizendo meu nome...e sim, eu consegui um lugarzinho no pódio...a quinta colocação na categoria 30-34!!!  Aí sim a alegria foi demais!!!

Foram muitas coisas boas pra um final de semana, os amigos reunidos, reencontrar outros, conhecer novos, concluir a minha meta do ano e ainda conquistar um troféuzinho!!!


Meu coach Vítor Carrara e eu, após receber meu troféu!!!

E o que tiro de tudo isso ? Que para alcançar suas metas, primeiro você precisa estabelecer quais são elas, curto, médio e longo prazo...e quais os degraus que você terá que alcançar para chegar lá!!! Que quando você faz o que gosta, faz com amor...não importa se tem ou não premiação...pois ela é intrínseca...só cabe a você!!! Que muitas coisas podem acontecer ao mesmo tempo, as reviravoltas que a vida dá...as famosas trolagens que a gente leva, mas se você mantiver seu foco, sua força, sua mente preparada, seu corpo preparado...você consegue chegar lá...porque a gente tira forças do invisível!!! E que amigos...ah...os amigos são as coisas mais incríveis que podem acontecer na vida de uma pessoa!!! Os meus são!!!
E que venham os novos...desafios...amigos...percursos...metas!!!
Opa...sábado que vem tem mais...
                               
                                                       A equipe Iron Coach!!!!


                         
                                        E os novos amigos que o esporte me trouxe...