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25 de setembro de 2013

moving, just keep moving

minha vida no esporte sempre foi bagunçada.

lembro de ter feito aulas de natação quando tinha uns 8 anos, mas a única lembrança que tenho, além do cheiro de cloro da piscina do sesc, é de um festival de natação onde eu ficava em último nadando naquela imensidão de água. não sei se aconteceu já que, ao parecer, eu devo ter trauma de coisas da minha infância e vejo nitidamente acontecimentos que nunca existiram. e minha mãe conta que por duas vezes fui salva de afogamento, ainda criança.

em algum momento achei que podia, aos 9 anos, treinar vôlei na escola. pra quê? tinha medo da bola.

passei alguns anos indo ver meu irmão e meus primos no treino de judô. sempre gostei, mas nunca pratiquei. fiz uns 2 meses de caratê naquela época, na mesma academia que eles, mas achava meio marasmo ficar fazendo kata (a gente não sabe de nada mesmo quando é adolescente, né?).

lá pelos 15 anos voltei pra natação, intercalei com hidroginástica, mas desisti. realmente não me achava boa e morria de vergonha dos pelos do meu corpo.

daí em diante, por um bom tempo, fiquei só com a educação física da escola mesmo, um e outro tombo de bicicleta e "escaladas" no morro que tinha na chácara em frente à nossa - pra sentar lá no alto, nas pedras, e ficar olhando o mundo ao redor, sozinha ou com amigos.

acho que voltei só depois dos 20 anos, quando já estava na faculdade: frequentava uma academia perto de casa e adorava as aulas do sistema body system. testei de tudo, até aulas de axé (afeeeeeee).

quando vim embora pra são paulo fiquei um bom tempo sem nada, até que resolvi fazer aulas de ioga lá no cepeusp, mas achei muito parado pro meu gosto. e então, voltei ao nada. lá por 2010 voltei pra uma academia, dessas só para mulheres, com treino em circuito. o ambiente era bacana e tudo, mas pouco mais de um ano depois, achei que não era aquilo que eu queria, pois eu preciso sentir meu coração batendo bem forte, o suor escorrendo e a respiração ofegante. então me matriculei em oooooutra academia, mais convencional, onde estou há 1 ano e 8 meses. como a variedade de aulas é grande, posso experimentar bastante, além de fazer a musculação - que eu não amo, mas até gosto; acho bacana o quanto ela modifica nosso corpo.

1ª corrida de rua: circuito sesc - londrina/pr: julho/2013, 5K

aula aqui, aula ali, ainda faltava. a eterna insatisfação, a vontade de tirar de mim aqueles 16 quilos que surgiram nos últimos 8 anos e que estavam sendo eliminados aos poucos, em 2012, mas que estacionaram (porque eu nunca fui muito boa em levar dietas a sério). então eu comecei a reparar nas minhas amigas que corriam, como a deh (que sempre foi um super exemplo em várias esferas da vida). passei meses tentando correr sozinha, com a ajuda de planilhas de revistas, aplicativos de celular e com isso consegui sair do lugar. mas percebi que não iria muito longe. foi quando resolvi pedir ajuda para a maria, que foi uma querida e resolveu me orientar.


2ª corrida de rua: circuito da longevidade - bauru/sp: agosto/2013, 6K






de cinco meses pra cá avancei alguns quilômetros, passei a rasteira em vários quilos (associando os exercícios com uma reeducação alimentar, deixemos claro), saí da esteira e fui pra rua, corri uma prova de 5Km na minha cidade quase natal, outra na pipoca só de alegre, mais uma de 6Km ali em bauru/sp junto com minhas parças e a chefe e estamos, aos poucos, estabelecendo novas metas e novas conquistas. não deixei de fazer um treino sequer, mesmo que atrasado. corri no frio, no calor, na garoa. na rua, na pista, no parque, no campus, na praia. com música, sem música, de dia e de noite. sozinha e acompanhada. cantando ou quase chorando. e acho que daqui não vou sair mais.

sou a thais, tenho 32 anos, sou bióloga, professora, curiosa, inquieta, escrevo em minúsculas e acho que cuidar do corpo e da cabeça é uma das melhores coisas que a gente pode fazer.

2 comentários:

Deh disse...

Bah, chorei.

Maria Claudia disse...

O que eu acho? Um ahazo!!! Bjs e bjs!!!