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2 de outubro de 2013

estas re flaca, tha!

esse é o tema que praticamente me fez mais vontade de escrever no blog quando ele ainda era um projeto: o que nos motiva. e quem nos motiva?

a resposta acho que é: eu. simples assim.

quem disser que não se importa em nada com a opinião alheia, está mentindo. podemos até não levar em consideração os "conselhos", mas qualquer coisa que se diga, pelo bem ou pelo mal, nos afeta.

quando se decide entrar numa rotina de dieta e atividades físicas, é preciso saber que não vai ser fácil. se fosse, todos fariam. poucos fazem... assim, de verdade. não se passa fome, mas se passa vontade. ninguém fica feliz de não poder comer muitas coisas. dói. andar "quadrado" no dia seguinte não é bonito. mas quando começamos a notar resultados, vai dando uma felicidade muito da gostosa e a vontade de continuar e ver mais e mais é muito grande.

e quando os amigos começam a perceber e elogiar? desde que voltei a integrar atividade física com dieta e peguei muito firme (não 100%, sinto, mas muito perto disso), e comecei a perder a gordura que habitava, tenho ouvido muitas coisas. a maioria boa, ainda bem. passei de "sempreboa" pra "sempreótima", fui chamada de bonitona, meu esforço foi reconhecido, meus potinhos invejados, tem gente me mostrando a dieta d@ nutricionista pra dividir o momento. maaaaaaaas também ouvi que se emagrecer mais vou sumir, que meu rosto está chupado, que sou louca por evitar comer certas coisas. ou nem metade delas, ou acordar cedo no fim-de-semana pra correr.

é assim, gente. nem metade do pão. não pode pão e pronto. às vezes, bem às vezes, eu furo. sim, me sinto culpada quase sempre. porque furei e porque me senti mal no dia seguinte: estômago doeu, intestino não funcionou, cabeça doeu. o corpo é muito, muito sensível, sabe?

na minha fase que considero de peso aceitável (esquecemos até da composição corporal agora), eu tinha 6 Kg a menos do que hoje, há 10 anos (já perdi 10 Kg do máximo que atingi, no início de 2012). portanto, o que parece "magra demais" pra muitos, ainda é acima do que me sinto bem. não foi fácil ver minhas roupas indo embora, ver namorado da vez pedindo pra não voltar mais pro peso antigo (numa fase em que emagreci um pouco). também acho que quando emagreço fico orelhuda e dentuça, mas prefiro isso a ver banhas saindo da calça, braços estourando a manga da camiseta. são escolhas.

não estou aqui falando que só quero ouvir elogios. mas sabe o que chateia? perceber que às vezes, por trás de uma crítica, tem um desdém, um desrespeito à minha escolha. SOU EU que estou passando vontade, SOU EU que está sentindo dor. mas também SOU EU que estou entrando em roupas há muito sem uso. SOU EU que estou sentindo que meu corpo está mais leve e que isso está ajudando a melhorar meu desempenho físico global. SOU EU que estou aprendendo muitas receitas novas e entendendo melhor como o corpo funciona.

não são só sacrifícios, é uma mudança de uma parte da vida que não estava boa e são novos aprendizados, são novas amizades, é fazer bem para mim mesma - e se alguém quiser se sentir bem comigo, será super bem vindo.


3 comentários:

Maria Claudia disse...

O que eu acho ?
Bom eu acho que vc disse tudo, a gente ouve crítica, ouve elogio, chamam de louca e chamam de esforçadas! Portanto, quem nos motiva a cada dia ? Nós mesmos!!! Tamujunto!!

Bene Ribeiro disse...

Além disso, se as orelhas incomodarem, tem cirurgia; dentes, ortodontia! Vai firme!

Thais RS disse...

hoje meu professor da academia comentou (depois de atentar ao fato de eu estar roubando um pouco do movimento da última série do exercício) que eu emagreci bastante. seguido de: só toma cuidado pra não emagrecer demais. mas ó, foi num tom de cuidado e logo tratei de dizer que estava com acompanhamento.